quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cada um tem a Summer que merece



Se você não assistiu esse filme (500 days of Summer), eu vou resumir a história parafraseando o início dele, só para vocês entenderem: "Essa não é uma história de amor". Pronto. Se você vai ou não assisti-lo, fica a seu critério. Não, esse não é um post-resenha. Só estou compartilhando uma conclusão que eu cheguei no final do filme: Todo mundo tem, já teve ou ainda terá uma/um Summer em sua vida.

Quando eu terminei de assistir, eu fiquei confusa em relação ao que eu estava sentindo a respeito. Em uma das cenas eu chorei rios e não foi de tristeza ou mimimi. Foi de raiva mesmo. Eu e minha irmã estávamos assistindo e eu só conseguia chorar e falar "what a bitch!!". Repeti até em voz alta, só para vocês terem ideia. Mas, agora que eu digeri o filme, eu acredito que todos nós precisamos de uma Summer na vida, em algum momento. Sim, nós. Homem ou mulher. Porque tem muito homem-Summer por aí. 

Vez ou outra, nós precisamos de um choque de realidade. Não porque não devemos acreditar no mundinho dourado, na felicidade ou no amor. Mas porque nós precisamos entender que isso é a vida. E nem sempre as coisas são recíprocas. Muito menos as pessoas e os sentimentos que temos por elas. Ou também, às vezes, algumas pessoas precisam de uma Summer porque vivem sendo a Summer de alguém - é aquele velho ditado sobre um dia ser a caça e n'outro o caçador. Claro que existe um limite de summerice na vida, minha gente. Quando é algo involuntário, é perdoável, é aceitável. Mas gente que brinca com os sentimentos das outras pessoas por pura diversão ou egoísmo o tempo todo, aí não é justo. Summer neles. Tem outra coisa, também. As pessoas que passam por nós marcam as nossas vidas. Enquanto algumas deixam um pouco de doçura, outras destroem pedaços de ingenuidade que ainda temos. Tiram um bocado de pureza à força, um tanto que nós nunca recuperaremos. 

Eu acredito que isso não é uma questão de ser, mas sim de estar. Se a gente parar pra pensar, nós também já devemos ter sido a Summer de alguém. E se não fomos, ainda seremos. Porque o amor não é uma escolha que a gente faz. Por mais poético e bonito que seja acreditar nisso, o amor não é algo que você dá e recebe na mesma proporção. Algumas vezes sim. Algumas vezes existe sintonia, existe reciprocidade. Mas muitas vezes não. E nós não podemos culpar o outro, porque, ainda que as nossas ações sejam escolhidas, nossos sentimentos são involuntários. A gente não escolhe amar alguém. Não de verdade.

Não, isso também não é um post-defesa da personagem, porque eu ainda sinto uma raivinha dela bem lá no fundo do meu estômago. Urgh. Mas eu entendo. E repito: Cada um tem a Summer que merece, na hora que merece. Pode perceber, aqueles caras/ garotas que gostam de brincar de Ashton Kutcher em Spread sempre acabam se apaixonando perdidamente por alguém que, provavelmente, vai pisar neles. É tipo um troco da vida. Mas ok, no fim das contas as coisas se ajeitam. E desmoronam de novo. E se ajeitam de novo. E assim por diante. Porque a vida é um círculo e nós somos os pontinhos que ficam dando voltas e voltas e voltas. Ninguém fica por cima pra sempre. E nesse caminho cheio de voltas, pode ter certeza, tem Summer pra todo mundo. 





6 comentários:

  1. Amiga, sempre que eu falo desse filme com alguém a pessoa passa a me olhar com olhos ruins, porque eu absolvo a Summer. Nunca tive raiva dela, acho que ela fez algo que era muito cômodo: Vou ficar com esse bichinho aqui, que ele dá bola pra mim e me faz feliz, enquanto não aparece nada melhor. E acho que é uma coisa que, por pior e mais dolorida que seja, é parte do ser humano. Eu acho que tenho mais tendência a ser Summer do que segurar um Summer na minha vida, e admito isso. Pode me odiar. HAHAHA
    Te amo!

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  2. Eu já foi summer na vida de muitos, como você disse, têm vezes que é impossível não ser.
    Mas o último que saiu da minha vida deixou um estrago imenso. Acho que ele ta naquela fase de divertir com as erradas ate encontrar a certa e se encontrar.
    Talvez eu esteja pagando de alguma forma.

    Adorei Marie!

    Beijos

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  3. Eu adoro esse filme. Já vi várias vezes, mas mesmo assim, continuando tendo raivinha da Summer. hahaha Mas de fato, precisamos, ao menos uma vez na vida, uma Summer para nos dar um choque de realidade.

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  4. O pior é quando você se apaixona, namora e vive com alguém e depois a pessoa começa ser uma "Summer". :))
    Mas enfim, é a vida

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  5. Todo mundo fala desse filme e eu não sei porque diabos ainda não assisti.
    Mas bem, sei (mais ou menos) da summer, porque já li tantas resenhas falando do filme que já sinto até uma pontada de raiva dela.
    Como sei só um pouco fica difícil de garantir que a summer é horrível, mas, de um jeito ou de outro, é impossível ser sempre a vitima da relação {e eu odeio falar vitima porque soa como assassinato e induz ao fato de que alguém foi o vilão e nem sempre se é o vilão por opção, as vezes apenas, como você disse, não nasce amor}. Enfim. Ótimo texto. Parabéns.

    Só pra deixar uma obs, voltei com o blog: http://denovomaisumavez.blogspot.com.br/ obris ♥

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